segunda-feira, 30 de março de 2009

Cataratas de Iguaçu

Gostaria neste post de vos transmitir algo sobre a experiência que tive nas cataratas mas realmente é impossível. Ainda agora, ao rever as fotos que lá tirei, vejo que não transmitem minimamente o que lá se sente na presença de tal força.


Estar na presença das Cataratas é uma experiência para todos os sentidos. A beleza e imponência, o barulho ensurdecedor da queda de milhares de litros de água, o ar puro que se respirava (diz que é dos iões negativos) e toda aquela energia que se sentia, capaz de limpar qualquer problema que pudesse existir naquele momento.

Este foi dos locais mais lindos onde alguma vez estive e também a primeira oportunidade que tive de pisar terras brasileiras. Ambos o países partilham as cataratas, no entanto a visita é um pouco distinta nos dois países. Do lado Argentino somos protagonistas, estamos dentro do acontecimento, mesmo ao lado da Garganta do Diabo, a maior queda de água de Iguazu. Do lado Brasileiro, somos espectadores, onde se tem uma visão mais abrangente de todo aquele espectáculo natural.

O que vocês querem sei eu, por isso aqui ficam as fotos.

Hostel Inn Iguazu

2 australianos que adoptámos no caminho

Isto não me lembro o que é mas parece bonito

Garganta dos diabos


Se tivesse uma metralhadora por cima, até jurava que estava dentro do jogo Far Cry


Lado Brasileiro


quinta-feira, 19 de março de 2009

Preparativos para Iguaçu

Já só faltam 24 horas para faltarem 18 horas para eu estar em Iguaçu. Isto porque a viagem de autocarro demora 18 horas (xiça!). Mas não é um autocarro qualquer. Aqui existem 3 tipos de assentos nos autocarros de longa distância: semi-cama, que se inclina a 120º; cama, inclina-se a 160º e um fantástio supercama, a 180º...completamente deitado. Por isso optei por ir de avião. 

Não, vou mesmo num super-cama, mas podia ir de avião..ou preferia.

Alojamento - confere, Hostel Inn Iguazu, usem o google.
Repelente de insectos - confere, com aloé vera para ajudar na cicatrização dos mosquitos quando os esmagar.
Vacina da febre amarela - confere...mais ou menos. Sem querer, rasguei o comprovativo da vacina em pequenos pedaços. Quando mo pedirem nas fronteiras do Brasil e Paraguai vou-me poder sentar com os agentes da autoridade para resolver o puzzle. eheh vai ser um fartote...ou não :S

Devo-me estar a esquecer de alguma coisa de certeza, mas quando lá chegar logo darei conta, assim é mais fácil.


terça-feira, 17 de março de 2009

Ingredientes para um fim-de-semana fantástico

Para se obter um fim-de-semana em grande não é preciso muito...

Na sexta feira, começar a noite com um restaurante piroso com música ao vivo levada a cargo por Lalu Miranda: uma mistura entre Adelaide Ferreira, Mónica Sintra e Rute Marlene, a quem se juntou mais tarde um simpático senhor do público, que pela forma efusiva como batia o ritmo, dançava e aplaudia ao longo do "concerto" era notória a sua vontade de participar também. À mistura anterior juntou-se então uma pitada de Toy para aprimorar o espectáculo.
Enquanto assistiamos ao espectáculo deleitávamo-nos com uma pizza de queijo (se é que se pode chamar pizza a um pão redondo frito com queijo derretido por cima) e algo rançoso que era indicado no menu como sendo uma salada completa.

Para a manhã de Sábado uma ida à praia. Água castanha, bandeira vermelha (acho que a água castanha bastava para afastar qualquer banhista) e uma areia que cheira a marisco em avançado estado de decomposição. Ainda assim, nada que nos afastasse de ter um belo dia de sol. Pensando bem, as nuvens escuras trazidas por um vento forte que ainda nos enchia os olhos com aquela areia foram capazes de nos dissuadir...

Mesmo assim eu estava a adorar o fim de semana e sentia que só podia melhorar (para pior também era complicado)

O restaurante a que fomos na noite de sábado deu para esquecer tudo. Chamava-se hobit e parecia tirado do Senhor dos Anéis. Eu, a Dora, o João e a Eva, uma simpática alemã do Hostel, comemos um fondue de queijo e assistimos a um espectáculo de musica Celta. Não Lalu, não nos equecemos de ti!!!
No domingo um dos piores, senão o pior gelado de sempre, cujos sabores de morango e menta faziam lembrar as Bubblicious foi rapidamente compensado por um passeio de moto 4 nas dunas.


O local dá pelo nome de Villa Gesell e é realmente uma cidade linda que nos encantou. Voltaremos lá em breve para um novo passeio nas dunas, mas para a próxima a cavalo.

Então onde é que a Lalu actua hoje?

La Deseada, um hostel 5 estrelas

El Choque Urbano

E isto tudo por 3€




O que ajudou a melhorar ainda mais o espectáculo foi o espaço onde actuaram. A Ciudad Cultural Konex é um espaço fantástico ao ar livre que reúne artistas igualmente brilhantes em concertos, teatros e outras actividades culturais...todos os dias.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Imagens Raras

Há imagens que poucas pessoas têm a sorte de assistir neste mundo. Menos hipóteses ainda têm de registar esses momentos numa fotografia.


Esta espécie de tubarão "pré-histórica" foi vista apenas uma vez no japão. Vive a cerca de 1000 metros de profundidade, onde nunca nenhum humano chegou


A aurora boreal, conhecida por todos, é no entanto também uma visão rara para muitos.

O leopardo das neves, nos Himalaias, começa, infelizmente, também a ser uma imagem rara de conseguir.

Mas mais rara do que qualquer dessas imagens...uma foto digna de vencer um World Press Photo, ainda que meio desfocada pela rapidez com que tive que sacar da máquina, é um motociclista de Córdoba a usar capacete.

Assim, sim!

Esqueçam...se nunca experimentaram um assado argentino, nunca experimentaram carne no seu melhor.
Já tinha comido boa carne em Portugal, já comi excelente carne aqui mesmo na Argentina, mas este último fim de semana, em Córdoba, fui pela primeira vez a um típico assado.
Um assado é como um ritual sagrado, não se pode apressar e tão pouco questionar o assador.
Como o responsável pela fábrica de Córdoba, Arménio Vale, vai regressar a Portugal, aproveitei a despedida dele para ir conhecer Córdoba e, claro, um assado argentino. Chegámos a casa do Pancho por volta das 21h, já estava o assador a preparar a brasa. E aqui reside o principal segredo do verdadeiro assado, a brasa (além da qualidade da carne, claro).
Ao lado da grelha vai estando um toro de lenha a arder juntamente com um pouco de carvão, à medida que se for formando brasa vai-se fazendo uma "cama" por baixo da grelha. A carne vai assim cozinhando muito lentamente...durante 3 horas!!!
Sim, só à meia-noite é que comecei a comer, mas posso dizer que realmente valeu a pena, estava simplesmente magnífico.
Outro aspecto interessante nos assados é ver algumas pessoas a levar o seu próprio KIT de assado. Este Kit consiste num disco de madeira, tipo o que se usas para cortar pão ou legumes, talheres e um copo de inox. Tudo isto guardado numa bolsinha própria. Quando acabam de comer, toca a guardar tudo dentro da bolsa, nem é preciso lavar. Ou a bolsa é também uma máquina de lavar loiça, ou aproveita-se a putrefacção de uns assados para os outros para melhorar o sabor da carne.
No final da refeição, como o sabor da carne é bom demais, o melhor é beber Fernet com Cola, uma espécie de óleo de fígado de bacalhau, para limpar todo aquele gosto e não querer comer mais.

Então e a comidinha?


KIT assado, não saia de casa sem ele

segunda-feira, 2 de março de 2009

Carnaval del Pais, Gualeguaychu



Após uma tentativa falhada no fim de semana passado por motivos de tempestade (creio que é um bom motivo após saber que o granizo aqui quando cai parece tomar a forma de bolas de tenis), este fim de semana finalmente consegui ir a Gualeguaychu. Esta cidade, de nome impronunciável, alberga a maior festa de carnaval do país, que dura todo o mês de Fevereiro.
Sobre o carnaval devo dizer que estava à espera de mais...a festa nas bancadas era brutal, com cerca de 40.000 pessoas sempre aos saltos, mas na pista aborreceu-me um pouco o facto de ser sempre a mesma música durante todo o espectáculo e não haver uma música diferente tocada por cada "comparsa".
O ambiente era fenomenal e entre as actuações havia sempre espaço para conhecer gente nas bancadas, inclusivé um grupo de americanos de San Francisco e Nova Iorque com quem ainda nos iremos juntar em Buenos Aires para outras noitadas.

Para a nossa dormida de sexta a domingo, optámos por outro local ainda menos pronunciável: Ñandubaysal. Aqui havia um camping muito tranquilo para descanso e praia onde a tenda de 20 euros comprada no supermercado chegou perfeitamente. Na praia, ir à água era uma tarefa complicada, tínhamos que andar cerca de 200 metros na água para podermos ficar com água pelo joelho, água esta que ainda era bombardeada de químicos pelas fábricas de celulose do lado uruguaio. Nada que não se pudesse lavar com o fio de água que escorria vagarosamente nos duches dos balneários. Isto agora deixa-me a pensar se o escaldão com que vim de lá é mesmo do Sol ou se é apenas a minha pele em estado corrosivo.

Após um escaldão, um dedo do pé quase partido e do corpo todo dorido de dormir no chão restou o bem-estar de mais um fim de semana bem passado e o prazer de ter tido de novo a companhia do Marco, vindo directamente de Córdoba para a rambóia.


Lamento a fraca qualidade das fotos, mas tive que usar o telemóvel para tirar as fotos pois a bateria da máquina fotográfica resolveu passar o fim de semana em casa

Marco is back!


Onde elas estão, lá estão eles também
(Aproveito para apresentar o novo colega, o João que se juntou a nós há uma semana)


estava bonito, estava

nem sabe o que lhe aconteceu






hmm, parece-me familiar isto!!

a formiguinha tem catarro



na argentina há muita coisa que pega de empurrão, estou a ver


De onde é que saiu este?

no último dia a praia foi só à sombrinha

o merecido descanso já no autocarro de volta a Buenos Aires, o mais confortável em que alguma vez andei