quarta-feira, 27 de maio de 2009

Em buenos aires, sê porteño

Conduzir na Argentina tem muito que se lhe diga, mas conduzir em Buenos Aires é a loucura. A experiência a conduzir mota em Portugal ajudou bastante, é preciso ter olhos em todo o lado..e aqui bem precisei deles. Tudo é permitido e ninguém leva a mal as maiores atrocidades. Por mais estranho que pareça levam sim a mal as boas práticas de condução, ora vejam. Conduzi com os faróis apagados à noite, andei sobre 8 faixas, pisando traços contínuos para poder fazer inversão de marcha num local em que era proibido, circulei sobre duas faixas com traço contínuo no meio, excesso de velocidade, passei sinais vermelhos, circulei sobre passeios, ultrapassei pela direita e nada disto levaram a mal, acho mesmo que até fui aplaudido. Mas quando cometi a infâmia de, por duas vezes, não ceder prioridade quando era eu quem circulava na rotunda, nas duas vezes fui violentamente buzinado e quase que me passaram a ferro. Parece que aqui tem prioridade quem vem mais depressa e levam isso muito a peito.

A Argentina recentemente adoptou uma política de pontos nas cartas de condução, todos começam com 20 pontos e vão perdendo-os à medida que cometem infracções. Gostaria apenas de saber o que é preciso fazer para perder os tais pontos...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Façam figas

Segunda feira é feriado então este fim de semana vou para Córdoba. Sim, já lá estive, mas desta vez há duas diferenças. 1º não vou a Córdoba capital, mas sim conhecer os arredores...os lagos, montanhas, estâncias, etc. 2º não vou de autocarro, mas sim a conduzir um fantástico Renault Logan! (??)


Não me considero propriamente um azelha ao volante, até acho que conduzo bem, mas só de imaginar, num momento de pouca lucidez mental, parar numa passadeira para dar passagem a um peão até me arrepio. Imagino até o próprio peão a quem cederia passagem a insultar-me convulsivamente por acto tão atroz.
Assusta-me também pensar como conseguirei eliminar estas regras mentais que me obrigam a circular na estrada entre duas linhas brancas.

Creio que me safarei se fechar os olhos, andar aos zigzagues e não largar a buzina!!

Mulheres primeiro...levado ao extremo


Quem me conhece sabe que sou um tipo simpático e pode-se até dizer que sou cavalheiro..abro a porta para as senhoras passarem, ajudo senhoras de idade com as compras e todas as outras coisinhas que levam um homem a ser classificado de cavalheiro.

Aqui na Argentina perco toda a vontade de o ser. Não me levem a mal, mas eles já abusam com o cavalheirismo. Ser cavalheiro é muito bonito, mas também é preciso ser prático e não cair no ridículo.
Noutro dia, num elevador de um prédio de escritórios, vinham cerca de 15 pessoas. 1 era mulher e tava na parte de trás do elevador. Quando chegámos ao 0, nenhum dos homens saiu, à espera que a pobre mulher conseguisse abrir caminho por aquele maranhal de gente...e não parecia muito agradecida por este suposto acto de cavalheirismo. Nem ela, nem eu que achava que teria sido muito mais rápido se tivessem saido as pessoas que estavam junto à porta para facilitar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Em Buenos Aires com a mãezinha


Esta semana tenho cá a minha mãe de visita. Como é típico da praxe, passo os dias a fazer de guia turístico. Levei-a a aulas de tango, ao "la bomba del tiempo" no Konex, a bons restaurantes e, como é óbvio, a La Boca e San Telmo.

E foi em caminito, este fim de semana, que assistimos à dança de tango mais espectacular que tive oportunidade de ver em Buenos Aires...e sem pagar um tostão.






No final ainda fomos brindados com um fado argentino cantado por um "tangueiro" da velha guarda.

Fado - Caprichosa