sexta-feira, 24 de abril de 2009
Banana Split
Se acham que a imagem acima não é um Banana Split, estão enganados. Isto é um Banana Split!
Já não comia um desde a Lituânia e há dias deu-me vontade. Enquanto o resto do pessoal pediu cerveja para empurrar o jantar, eu pedi um banana split (sem doce de leite) para sobremesa. Quando chegou à mesa, olhei de vários ângulos para o copo para perceber onde estavam a banana e as bolas de gelado.
Chamei o empregado e disse-lhe que não tinha pedido aquilo, tinha sim pedido um banana split
-- mas isto é um banana split
-- não, não é, um banana split tem uma banana inteira e bolas de gelado e normalmente vem num prato.
-- não senhor, isto é um banana split.
-- não é!
-- é!
-- não é!
-- é!
Bom, mostrando o menu mostrei-lhe que lá indicava que tinha bolas de gelado e banana
-- está a ver? banana e gelado!!
-- mas isto não é o banana split, é a copa banana split.
peço desculpa se não indiquei que era a copa, realmente não estava à espera que tivessem vários pratos com o mesmo nome. Podiam por até o mesmo nome para tudo o que têm no menu, assim era sempre uma surpresa o que vinha para a mesa.
"oh shô Vitor, traga-me ai um bitoque fresquinho que tou com sede. E para acompanhar traga daí um bitoque tostadinho para adoçar a boca e, se ainda houver, ponha uma bola de bitoque por cima."
Bom, depois de várias vezes a dizer-me que não podia fazer nada, lá o venci pelo cansaço e trouxe-me uma copa banana split sem doce de leite, mas provavelmente com uma bisca...
Comidinha Argentina

Já cá faltava um post sobre alimentação na Argentina, e como tou aborrecido e não escrevo cá nada há uns 10 dias (e o pessoal já começa a reclamar), cá vai um textito sobre comidinha.
Os argentinos comem carne, muita carne...cerca de 70 kg por ano, principalmente de vaca. Bife chorizo, vazia, chorizo, morcela, entranhas, costeleta, estas são as variedades mais típicas qu se comem por cá. Para acompanhar, geralmente papas fritas, em raras ocasiões saladas. Para a maioria das pessoas é tão raro comer saladas como peixe, já conheci várias pessoas que nunca sequer comeram um peixinho fresco.
Empadas é outra coisa que se encontra bastante por cá. Em qualquer quiosque de rua vendem empanadas de galinha, carne, vegetais, etc..
Também se come muito media lunas também conhecidos como croissants. Sendo na sua maioria doces, estes são quase sempre comidos simples. A maioria dos cafés têm serviço de entrega ao domicílo (ou às empresas), pelo que é comum ver um rapazito a andar pela rua de bandeja na mão com 2 media lunas e um café. Melhor do que manteiga, só mesmo o gostinho do tubo de escape dos autocarros.
As sandwiches com bolachas maria que eu tanto fazia quando era miúdo também têm um nome cá. Alfajor...mas geralmente entre as bolachas está doce de leite. Aliás, até estranho como não usam doce de leite para acompanhar a carne. Encontra-se doce de leite em toda a parte: iogurtes de doce de leite, gelados, Nestum, bolos, tartes, empanadas, etc. etc.
Continuo a achar que não há comida como em Portugal, ainda estou para encontrar o sítio onde a comida possa ser considerada realmente melhor que a nossa.
Bom Apetite!
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Patagónia - El Chaltén
(Atenção! segue-se um momento de Cultura, é altamente recomendável passar para o parágrafo seguinte)
Muitos de vós não deve fazer a mais pequena ideia da razão por qual a Patagónia tem este nome.
Quando o Magalhães chegou à Argentina (aquele senhor que queria descobrir uma passagem pelas américas que supostamente unia o Atlântico ao Pacífico...bla..bla..bla...) ele e a sua equipa descobriram umas pegadas enormes naquela zona, o que lhes fez pensar que os habitantes seriam gigantes. Imediatamente apelidaram aquela terra de Patagónia - terra do pés grandes. Na verdade os indígenas que lá habitavam até tinham os pés pequenos para a sua estatura, mas tinham-nos envolvidos em peles de animais fazendo com que as pegadas parececem maiores.
(fim do momento de cultura, daqui para a frente é só palhaçada)
Depois de visitar o Glaciar já pouco havia para ver na patagónia que pudesse superar. Mas também não íamos ficar parados a gelar...fomos então a El Chaltén, a capital argentina do Trekking. Ou seja, fomos lá para andar...andar como gente grande.
nas 8 horas que lá passámos podíamos esscolher 1 de 3 trilhos, possiveis de serem "andados" em 6 horas (para nos dar tempo de ir e vir e não perder o autocarro de regresso para Calafate - ainda são uns 400 km de distância). Passámos quase uma hora a decidir qual faríamos, mas na verdade não valeu de muito, porque quando já iamos no final, apercebemo-nos que já não estávamos no que iniciámos, mas sim noutro totalmente diferente...ainda não consegui perceber como foi isso aconteceu.
Quando digo final, não é bem o fim do trilho, porque não chegámos lá...o tempo era escasso e a preguiça não ajudava. Ficou um pouco o sentimente de dever não cumprido, especialmente por haver velhotes de bengala a ultrapassar-nos pelo caminho. Mas também, tiveram muitos mais anos que nós para treinar. Mesmo assim ainda nos podemos orgulhar de ter feito uns 12 km quase sem parar.
Uma coisa deu para ver: a Patagónia é uma terra cheia de nada, um nada enorme mas lindíssimo!


Muitos de vós não deve fazer a mais pequena ideia da razão por qual a Patagónia tem este nome.
Quando o Magalhães chegou à Argentina (aquele senhor que queria descobrir uma passagem pelas américas que supostamente unia o Atlântico ao Pacífico...bla..bla..bla...) ele e a sua equipa descobriram umas pegadas enormes naquela zona, o que lhes fez pensar que os habitantes seriam gigantes. Imediatamente apelidaram aquela terra de Patagónia - terra do pés grandes. Na verdade os indígenas que lá habitavam até tinham os pés pequenos para a sua estatura, mas tinham-nos envolvidos em peles de animais fazendo com que as pegadas parececem maiores.
(fim do momento de cultura, daqui para a frente é só palhaçada)
Depois de visitar o Glaciar já pouco havia para ver na patagónia que pudesse superar. Mas também não íamos ficar parados a gelar...fomos então a El Chaltén, a capital argentina do Trekking. Ou seja, fomos lá para andar...andar como gente grande.
nas 8 horas que lá passámos podíamos esscolher 1 de 3 trilhos, possiveis de serem "andados" em 6 horas (para nos dar tempo de ir e vir e não perder o autocarro de regresso para Calafate - ainda são uns 400 km de distância). Passámos quase uma hora a decidir qual faríamos, mas na verdade não valeu de muito, porque quando já iamos no final, apercebemo-nos que já não estávamos no que iniciámos, mas sim noutro totalmente diferente...ainda não consegui perceber como foi isso aconteceu.
Quando digo final, não é bem o fim do trilho, porque não chegámos lá...o tempo era escasso e a preguiça não ajudava. Ficou um pouco o sentimente de dever não cumprido, especialmente por haver velhotes de bengala a ultrapassar-nos pelo caminho. Mas também, tiveram muitos mais anos que nós para treinar. Mesmo assim ainda nos podemos orgulhar de ter feito uns 12 km quase sem parar.
Uma coisa deu para ver: a Patagónia é uma terra cheia de nada, um nada enorme mas lindíssimo!



terça-feira, 14 de abril de 2009
Patagónia - Glaciar Perito Moreno
Após a experiência de estar frente a frente com as cataratas de Iguaçu, volto a estar na presença de outra maravilha - o glaciar Perito Moreno. Os seus 30 kms de extensão e cerca de 230 km2 (3 vezes o concelho de Lisboa) fazem deste Glaciar um dos mais importantes dos cerca de 356 existentes no parque nacional de cerca de 724.000 hectares.
Junto ao glaciar vive-se uma paz que parece ser infinita, perfeita para disfrutar do som do silêncio. Silêncio este, que é interrompido pelo movimento do glaciar que causa o desprendimento e desmoronamento das paredes, produzindo um estrondo semelhante a um trovão.
Cá entre nós, se não fosse isto, era uma seca visitar o glaciar :P
Além das suas dimensões, o que também torna este glaciar especial é o facto de ser o único glaciar estável com aquelas dimensões. Isto significa que cresce praticamente tanto como vai perdendo gelo (ou isto é o que nos querem fazer acreditar).
Ficam aqui as fotos:

Depois de meia-hora em frente a esta parede o capitão resolveu levar o barco para o outro lado e caíram 4 pedaços enormes. É realmente impressionante ver e ouvir este espectáculo.

Junto ao glaciar vive-se uma paz que parece ser infinita, perfeita para disfrutar do som do silêncio. Silêncio este, que é interrompido pelo movimento do glaciar que causa o desprendimento e desmoronamento das paredes, produzindo um estrondo semelhante a um trovão.
Cá entre nós, se não fosse isto, era uma seca visitar o glaciar :P
Além das suas dimensões, o que também torna este glaciar especial é o facto de ser o único glaciar estável com aquelas dimensões. Isto significa que cresce praticamente tanto como vai perdendo gelo (ou isto é o que nos querem fazer acreditar).
Ficam aqui as fotos:



segunda-feira, 13 de abril de 2009
No fim do mundo...literalmente

Quantos de nós já não ouvimos dizer, ou mesmo dissemos: "Isto fica no fim do mundo!...".
Posso dizer-vos que, de todas as vezes que me recordo ouvir, as pessoas não faziam a mínima ideia do que diziam. E como sei eu isto? Pois é, eu estive literalmente no fim do mundo e não se parece em nada com os locais que as tais pessoas alegavam ser o fim do mundo.
A cidade apelidada de fim do mundo chama-se na verdade Ushuaia e fica na Terra do Fogo, ali como quem desce para a Antártida, passando o estreito de Magalhães.
No primeiro dia fomos a uma excursão de barco pelo canal Beagle. Cruzámo-nos com alguns leões marinhos, aves marinhas, mas o que eu estava mesmo ansioso para ver era a comunidade de cerca de meio milhão pinguins na ilha mais distante da excursão. Isto sim ia valer todos os tostões gastos na navegação.
Chegando finalmente à ilha fiquei bastante indignado com o facto de os pinguins terem decidido ir jogar às escondidas quando um grupo de turistas os queriam fotografar. Apenas lá estavam 16 pinguins que o pobre coitado que estava a apanhar tinha encontrado até lá chegarmos. Ainda pedi ao capitão para esperar até acabarem a brincadeira mas ele não me deu ouvidos, devia estar de conluio com os pinguins para nos fazer pagar outra excursão.
A excursão terminou com uma visita à quinta Harberton, a mais antiga da Terra do Fogo, e o regresso foi feito por autocarro com algumas paragens para fotos.
Uma caminhada de 6 km no parque nacional para arejar um pouco e uma visita à prisão do fim do mundo puseram fim à visita à Terra do Fogo. Próximo destino: El Calafate e o glaciar Perito Moreno





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